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6.6.09

Augusta Rainha dos Anjos



Augusta Rainha dos
AnjosAugusta Rainha dos Anjos, Vós que recebestes de Deus o poder e a missão de esmagar a cabeça de Satanás, humildemente Vos rogamos que envieis as Legiões Celestes para que às Vossas ordens persigam e combatam os demónios por toda a parte, refreando a sua audácia e precipitando-os no abismo.Quem é como Deus?Ó Bondosa e Carinhosa Mãe,Vós sereis sempre o nosso amor e a nossa esperança. Ó divina Mãe, enviai os Santos Anjos em nossa defesa, afastando para longe de nós o cruel inimigo.São Miguel e todos os Santos Anjos, combatei e rogai por nós. Ámen

Origem desta oração, segundo certa tradição:
Numa visão, Nossa Senhora mostrou a uma pessoa os demônios que espalhados pela terra causavam grandes desgraças. Ao mesmo tempo, a Virgem lhe disse que com efeito os demônios andavam soltos pelo mundo e que havia chegado a hora de invocá-la como Rainha dos Anjos e de lhe pedir que enviasse as legiões santas para combater e destruir as potências das trevas. Minha Mãe, perguntou essa pessoa, vós não podeis mandá-las sem que precisemos pedir? Não, disse a Virgem, a oração é uma condição imposta por Deus para se obter a graça.

E assim lhe foi ensinada a oração “AUGUSTA RAINHA”.

Maria a Porta do Céu


São Carlos Borromeu mandou que na sua diocese a imagem de Maria fosse colocada acima da porta de cada igreja paroquial, como para avisar aos fiéis, quando rezassem, que procurassem acesso junto a Deus por sua Santíssima Mãe; e que ninguém seria recebido nos tabernáculos eternos se não amasse e reverenciasse Aquela que é justamente proclamada a Porta do Céu.A Igreja invoca Maria sob este título ─ "Porta do Céu", Janua Coeli─ porque, como diz São Boaventura, "ninguém pode entrar naquela bem-aventurada morada sem passar por Maria, que é a porta".A devoção a Maria é um sinal infalível de salvação eterna ─ diz São Bernardo.

11.5.09

Desmistificando o Rosário e o Terço


Não há uma data precisa sobre a origem do Rosário. Em linhas gerais, remonta já os primeiros séculos da Igreja primitiva e foi tomando forma nos mosteiros católicos até o século X, quando inciou expansão mais acentuada.O Rosário de 150 ave-marias, teria originado-se a partir de relatos populares de um monge que costumava rezá-lo desta forma e, o nome "terço" popularizou-se por representar, como o nome diz, a terça parte do total das 150 ave-marias, ou propriamente do Rosário.Vale lembrar que, a segunda parte da Ave-Maria ("Santa Maria, Mãe de Deus"), foi introduzida na oração por ocasião da vitória sobre a heresia nestoriana, deflagrada no ano de 429. O bispo Nestório, Patriarca de Constantinopla, afirmava ser Maria mãe de Jesus e não Mãe de Deus. O episódio tomou feições tão sérias que culminou no Concílio de Éfeso convocado pelo Papa Celestino I. Sob a presidência de São Cirilo (Patricarca de Alexandria), a heresia foi condenada e Nestório, recusando a aceitar a decisão do conselho, acabou sendo excomungado.
Conta-se que no dia de encerramento do Concílio, onde os Padres Conciliares exaltaram as virtudes e as prerrogativas especiais da VIRGEM MARIA, o Santo Padre Celestino ajoelhou-se diante da assembléia e saudou Nossa Senhora, dizendo: "SANTA MARIA, MÃE DE DEUS, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém." Na continuidade dos anos, esta saudação foi unida àquela que o Arcanjo Gabriel fez a Maria, conforme o Evangelho de Jesus segundo São Lucas 1,26-38 "Ave cheia de graça, o Senhor está contigo!" e também, a outra saudação que Isabel fez a Maria, para auxiliá-la durante os últimos três meses de sua gravidez: "Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre." (Lucas1, 42).Estas três saudações deram origem a AVE MARIA. A difusão e posterior expansão do Rosário a Igreja atribui à São Domingos de Gusmão (século XII), conhecido como o "Apóstolo do Rosário", cuja devoção propagou aos católicos como arma contra o pecado e contra a heresia albigense (multidão de seitas diversas e cada uma delas tomava o nome do seu líder independente, não aceitando a teologia e doutrina fixas, codificadas, definitivas) , que assolava Toulose (França).O terço que consiste em 50 ave-marias intercaladas por 10 padre-nossos se mantém desde o pontificado do Papa Pio V (1566-1572), que deu a forma definitiva ao terço que conhecemos hoje (O Papa era religioso da Ordem de São Domingos). Quanto às meditações, ressaltamos, porém, que até o ano de 2002, cada Rosário, que era composto de três terços (150 ave-marias) passou a ser composto de quatro terços (portanto, 200 ave-marias no total). Foi quando o Papa João Paulo II inseriu aos mistérios existentes ( gozosos, dolorosos e gloriosos), os mistérios "luminosos" que retratam a vida pública de Jesus.
O Papa João Paulo II, devotíssimo de Nossa Senhora e talvez um dos maiores Papas marianos da história, inaugurou uma nova era de devoção a Maria, dando especial atenção à forma física e contemplativa do Rosário ao inserir a meditação desta importante fase da vida de Jesus, ou seja, a contemplação dos mistérios luminosos.Irmã Lúcia, única sobrevivente das Aparições de NOSSA SENHORA em Fátima, no livro "Apelos da Mensagem de Fátima", dedica muitas páginas ao pedido da VIRGEM SANTÍSSIMA: "Rezem o Terço todos os dias". Esta recomendação, nossa MÃE SANTÍSSIMA a repetiu em todas as Aparições, suplicando a humanidade que rezasse o Terço, que não se preocupasse somente com o trabalho.
A meditação dos Mistérios do Rosário nos transporta para junto de DEUS e de nossa MÃE SANTÍSSIMA, revestindo o espírito das pessoas com confiança e tranqüilidade, revigorando a disposição e estimulando a vontade, além de proporcionar uma agradável alegria interior.Aos que dizem que o Terço é uma prece antiquada e monótona, devido à repetição das orações que o compõe, seria bom que estas pessoas recordassem que na vida tudo acontece numa continua repetição dos mesmos atos. DEUS quis assim! Para vivermos, aspiramos e expiramos o ar dos pulmões sempre do mesmo modo; o coração bate continuamente no mesmo ritmo; o sol, as estrelas e todos os astros, seguem rigorosamente a sua trajetória durante os séculos; o dia sucede à noite, ano após ano, do mesmo modo; as plantas brotam na primavera, cobrem-se de flores, dão frutos; enfim, tudo na vida obedece a um ritmo, funcionando em perfeita sintonia com a Vontade de DEUS! Entretanto, nunca ninguém disse que isso é monótono! E realmente não pode dizer, porque tudo isso é parte da maravilhosa Obra Divina. Pois bem, na vida espiritual também é assim, temos a necessidade de repetir continuamente as mesmas orações, os mesmos atos de fé, de esperança e caridade, para nos sentirmos ligados a DEUS e termos vida em plenitude, visto que a nossa vida é uma continuada participação na Vida de DEUS. Rezar e pedir sempre não significa imaginar que desconfiamos da bondade Divina, que estamos recordando ao SENHOR para que ELE não se esqueça de nosso pedido.Não! Não é assim! Ao contrário, repetir a oração é gesto de humildade, e de muita confiança. É ter a certeza de que DEUS é tão bom, que apesar de nossos muitos pecados, ELE aceita aquele insignificante sacrifício de repetir orações, como se fosse uma grandiosa e eloqüente demonstração de nosso amor. Assim, os que rezam diariamente o Terço, são como filhos carinhosos que todos os dias dispõe de alguns minutos de seu tempo para visitar o PAI ETERNO, para LHE fazer companhia, manifestar-LHE gratidão por tudo o que ELE nos proporciona. E também é o momento para nos colocarmos a disposição DELE, recebermos os conselhos Paternos e a orientação necessária a nossa existência.
Alguns dos benefícios de se rezar o Terço ou o Rosário são as indulgências (remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos. ) concedidas pela Igreja. São elas:1 - É concedido Cinco anos de indulgência a cada recitação particular do Rosário ou Dez anos, se for feita por um grupo de pessoas.2 - É concedida Indulgência Plenária, no último domingo de cada mês, para aqueles que anteriormente, em grupo, tiverem recitado o Rosário três vezes, em qualquer das semanas precedentes, e também, que se Confessarem ou estiverem em "estado de graça" , receberem a Sagrada Eucaristia e fizerem visita a uma Igreja ou Oratório do Santo Padre, rezando um PAI NOSSO, uma AVE MARIA e um GLÓRIA, pelas intenções do Papa, no dia mencionado.3 - Durante o mês de Outubro, uma indulgência de sete anos é concedida, a cada dia, pela recitação de um Terço.4 - Confessando ou estando em "estado de graça", comungando e visitando uma Igreja ou Oratório Público, rezando pelo Papa as orações recomendadas acima, receberão uma indulgência plenária, se o Terço for rezado na Festa do Rosário (dia 7 de Outubro), ou se for rezado durante a oitava da Festa, ou seja, (numa data, até o oitavo dia após a Festa).5 - Diante do Santíssimo Sacramento exposto publicamente, ou mesmo encerrado no Sacrário dentro de uma Igreja, as pessoas que recitarem piedosamente o Terço, é concedido uma Indulgência Plenária, a cada vez que o fizerem.
Dessa forma torna-se evidente, que a devoção ao Santo Terço ou Santo Rosário, é uma providência louvável e de valor inquestionável, que somente beneficia o fiel.

22.2.09

O escapulário, defesa contra o demônio


Chamada à vida religiosa, uma jovem, antes de entrar no convento, foi ter com o Santo Cura d’Ars para fazer-lhe uma confissão geral de toda a sua vida.
Terminada a confissão, o Padre disse-lhe:
─ Deves lembrar-te ainda, minha filha, de um baile no qual estiveste com um moço desconhecido por todos, mas com maneiras tão distintas que parecia tornar-se o herói da festa.─ Perfeitamente. Lembro-me bem, Sr. Padre.─ Pois bem. Muito o invejaste, porém não te deu o menor olhar, e bailou com as outras moças. Quando ele passou o umbral da porta para ir-se embora, reparaste em duas chamas azuis debaixo de seus pés, que tomaste por uma ilusão enganadora.─ É exatamente assim, Sr. Padre.─ Aquele moço, minha filha, era um demônio. Todas aquelas com quem bailou têm um pé no inferno. Sabes o motivo pelo qual te desprezou? É porque estavas revestida do escapulário de Nossa Senhora, que trazes como proteção.
(Anais do Carmo - Ano de 1881, p. 199)

Minha Mãe Santíssima – Santo Afonso Maria de Ligório




Como é possível, ó Maria, minha Mãe Santíssima, que, tendo uma Mãe tão santa, tenha eu sido tão mau?
Uma Mãe que toda arde no amor para com Deus, e eu ame as criaturas? Uma Mãe tão rica de virtudes, e que delas seja eu tão pobre? Ó Mãe amabilíssima, já não mereço, é verdade, ser o vosso filho, porque de o ser me tenho feito indigno com a minhas culpas. Contento-me, pois, com que me aceiteis por vosso servo. Para ser o último de vossos servos, pronto estaria a renunciar a todos os reinos da terra.
Sim, com este favor me contento. Entretanto, não me recuseis o de vos chamar também minha Mãe.Este nome consola-me, enternece-me, recorda-me o quanto sou obrigado a vos amar. Inspira-me também grande confiança em vós. Quando a lembrança dos meus pecados e da justiça divina me enche de terror, sinto-me reanimado ao pensar que sois minha Mãe. Permiti que vos chame minha Mãe, minha Mãe amabilíssima. Assim os chamo e assim quero sempre chamar-vos. Vós, depois de Deus, haveis de ser sempre a minha esperança, o meu refúgio e o meu amor neste vale de lágrimas. Assim espero morrer, entregando naquele último instante a minha alma nas vossas santas mãos, e dizendo: Minha Mãe, minha Mãe, ajudai-me, tende piedade de mim. Amém

Mãe, eu queria...


Mãe, eu queria entrar convosco,no silêncio do vosso coração;encontrar Deus longe do barulho;sentir a Sua presença em mim,e pedir-Lhe para viver comigo,no concreto da minha vida.
Mãe, eu queria abrir o meu coração ao Espírito de Deus;deixar-me seduzir por Ele;moldar-me por Ele;encher-me d'Ele para dar os frutos que quer produzir em mim.
Mãe, eu queria ser parecido um pouco convosco,neste povo que nasceu no coração trespassado do vosso Filho.Ele é a sua Igreja, de que Vós sois a imagem mais bela, sem defeito nem ruga.
Mãe, convosco eu me consagro ao serviço do Senhor:que se faça em mim segundo a sua palavra e a sua santa vontade.Mãe, cheia de graça, por Deus amada:rogai por mim, velai por mim,sobretudo nas horas sombrias da minha vida.Mãe: olhai para mim, como eu olho para Vós.Deixai-me entrar convosco no silêncio do vosso coração,para acolher as palavras do Espírito,que põe nos meus lábios o cântico novo do vosso Magnificat.

15.2.09

Nossa Senhora do Milagre de Cocentaina



Cocentaina, pequena cidade da Espanha, tornou-se palco de grandes milagres atestando o desvelo da Mãe de Deus para com seus filhos mais humildes!


Uma imagem de Nossa Senhora, pintada, segundo venerável tradição, pelo próprio Evangelista São Lucas, após inúmeros deslocamentos e problemas fixou-se afinal na tranqüila e abençoada cidadezinha espanhola de Cocentaina. Nesse fato pode-se ver uma analogia: através de numerosas provações, chegaremos à nossa meta última que é o Céu.Tal quadro havia sido venerada inicialmente em Jerusalém, do século I ao V. Para evitar sua destruição, quando da invasão da cidade pelos muçulmanos, a Princesa bizantina Pulqueria a trasladou a Constantinopla.Durante 10 séculos a imagem permaneceu nessa cidade, que foi conquistada pelos turcos muçulmanos em 1453. Alguns anos antes, prevendo a iminente invasão, o Cardeal Patriarca Besarión levou-a consigo a Roma, presenteando-a ao Papa Eugênio IV, em agradecimento por tê-lo sagrado Cardeal.Pouco tempo a pintura permaneceu em Roma, pois o Papa, à vista de um desentendimento com um súdito, pediu ao Rei de Aragão que o ajudasse. Este enviou a Roma Don Ximen Perez Roig de Corella, o qual solucionou o problema tão ao agrado do Papa, que recebeu de presente a pintura atribuída a São Lucas. O cavaleiro, simultaneamente, recebeu do Rei o título de Conde de Cocentaina, na Espanha, levando consigo o precioso quadro. Assim, depois de passar pelas três capitais do mundo antigo (Jerusalém, Constantinopla e Roma), a imagem acabou fixando-se num tranqüilo e distante local, onde ninguém imaginaria que pudesse se estabelecer tão preciosa relíquia.O famoso milagre das lágrimas da Virgem SantíssimaEm nenhuma das três grandes cidades onde esteve, consta que a imagem operasse algum milagre, ou chorasse por ocasião dos grandes pecados cometidos pela população, como, por exemplo, o cisma de Constantinopla. O mais curioso porém foi que, pouco após sua chegada a Cocentaina, ela começou a manifestar-se como milagrosa, chorando em virtude dos males que afligiam a cidadezinha. Com efeito, começara então na Espanha uma terrível guerra civil, conhecida com o nome de Guerra dos Comuneros. E Cocentaina teve também que sofrer em meio a este tremendo conflito.No dia 19 de abril de 1520, estava o padre Onofre Satorre celebrando a Santa Missa na capela do Palácio dos Condes de Cocentaina, em presença do filho maior do Conde, Don Guilherme de Corella, quando este reparou que a imagem estava chorando lágrimas de sangue. Primeiro pensou estar enganado, mas terminada a Missa, ordenou fosse o quadro descido do altar, a fim de comprovar o fato. Ao ter a imagem entre as mãos, colocou um dedo numa lágrima que saía de seu olho esquerdo; no contato, a lágrima espalhou-se no rosto.No total, a imagem verteu 27 lágrimas, que ainda hoje se vêem em sua face. Conforme o estilo da época, foi chamado o tabelião, para que fizesse uma ata certificando o milagre. Na referida ata constam 500 assinaturas de pessoas que acorreram a presenciar o milagre.Terá esse milagre chamado a atenção daqueles que estavam envolvidos na guerra civil, atribuindo eles, a seus pecados, o pranto de Nossa Senhora? Não o sabemos. O fato é que a guerra terminou pouco tempo depois.E, para que fosse dignamente venerada a imagem, pela qual a Virgem Santíssima se dignava manifestar de modo tão claro sua dor pelos pecados cometidos, foi fundado posteriormente um Convento de freiras capuchinhas com o nome de Nossa Senhora do Milagre de Cocentaina.Apesar das lágrimas, bondosa concessão: a chuvaApós o milagre das lágrimas, a Virgem começou a ser invocada por ocasião das necessidades da população, especialmente solicitando a chuva, quando havia risco de faltar água para as plantações e de se perder a colheita. Para isso, o povo levava a imagem em procissão, e durante sete dias eram celebradas Missas em honra de Nossa Senhora de Cocentaina . E sempre, antes de terminar a sétima celebração do Santo Sacrifício, chovia. A tal ponto ficou conhecida a imagem por essa razão, que até os muçulmanos residentes nessa região após a reconquista católica a chamavam Senhora da Chuva. E quando sentiam a falta de água, os próprios maometanos suplicavam aos católicos para realizar logo a procissão...Vários milagres retumbantes Deus realizou por meio desta imagem, como, por exemplo, a ressurreição de uma menina que passou 24 horas sob a água, ou permitir que sobrevivesse uma freira que, tendo caído num poço profundo, permanecera horas esperando socorro.No dia 1o de março de 1778, incendiou-se o palácio do Duque de Santisteban, em Madri. Uma cópia da imagem estava na escadaria do palácio, iluminada por um holofote de chumbo. Foi tão terrível o fogo, que o chumbo se derreteu, outros quadros situados acima da imagem ficaram carbonizados, mas a imagem nada sofreu, para surpresa geral. Assim, haveria vários outros milagres a serem narrados. Relataremos apenas um, dos mais documentados, que beneficiaram uma religiosa franciscana do Convento da Cocentaina."Só a imagem original há de me curar"A irmã Maria Margarita de Jesus era freira do Convento do Milagre, em 1693, quando foi atacada por terrível enfermidade. Dores intensas no ventre, nas costas, convulsões contínuas. E até úlceras na garganta, devido aos gritos ocasionados pelas intermináveis dores.Em meio à doença, teve um sonho no qual a imagem milagrosa da Virgem a curava. Por isso, pediu que levassem a imagem até seu leito, uma vez que não tinha condições de ir à igreja. Este pedido era ousado, pois não era costume naquela época deslocar a imagem principal à clausura do convento. Por isso, a Abadessa ordenou que lhe levassem uma das cópias existentes naquela casa religiosa. Em meio às dores, já quase sem sentidos, Irmã Maria Margarita viu a imagem chegar e disse: "Não é esta a que curará, e sim a original".As freiras ficaram consternadas, mas pouco podiam fazer, pois certamente as autoridades eclesiásticas não atenderiam à solicitação. No dia 24 de outubro, a freira entrou em agonia e já não percebia nada. Só nesta extrema situação a Abadessa ousou pedir a autorização. E, para surpresa de todos, por tratar-se de uma moribunda, as autoridades consentiram. Quando a procissão com a imagem se aproximava, a enferma voltou a si e disse: "Já está chegando Nossa Senhora, já estou bem, e nada me dói". Quando o padre que portava a imagem passou-a às mãos da freira, esta disse: "Agora já estou com perfeita saúde e tenho bom apetite". Após vários dias sem alimentar-se, comeu algumas bolachas e pediu para revestir-se do hábito capuchinho para acompanhar a imagem até a porta do Convento. Para espanto dos presentes, ela, que quase não se movia, colocou agilmente o hábito religioso e acompanhou o cortejo. Novamente foi chamado o tabelião, pois todas as freiras, bem como os médicos que presenciaram a rápida e inexplicável cura de Madre Maria Margarita, depuseram atestando o milagre.Atendimento maternal a todos os filhosA história dessa imagem pode ajudar a desfazer uma dificuldade que, infelizmente, muitos fiéis católicos têm em relação a Nossa Senhora. Julgam não serem suficientemente importantes para que a Mãe de Deus deles se ocupe. Ou então, que tanta gente é atendida por Ela, que não sobra tempo para todos.Essa imagem, porém, nos prova o contrário. Se Nossa Senhora quisesse fazer milagres retumbantes, poderia tê-los feito em Jerusalém, Constantinopla ou Roma, todas elas cidades muito importantes, nas quais residem pessoas poderosas. Mas Ela quis, por meio dessa imagem, manifestar seu poder através de milagres, numa pequena cidade desconhecida até na própria Espanha, prodigalizando favores a todas as categorias de filhos humildes.Afastemos então essa tentação, pois Nossa Senhora é nossa Mãe, e cuida de cada um nós mais do que todas as mães do mundo juntas o fariam. Tenhamos em relação a nossa Mãe do Céu uma confiança semelhante à dos felizes habitantes da pequena e despretensiosa Cocentaina

Lutero e Maria Santíssima


Martinho Lutero escreveu um belo comentário do Magnificat de Maria SSma., em que repetidamente se refere à "doce Mãe de Deus" e exalta a SSma. Virgem nestes termos:
"Ela nos ensina corno devemos amar e louvar a Deus, com alma despojada e de modo verdadeiramente conveniente, sem procurar nele o nosso interesse. Ora, ama e louva a Deus com o coração simples e como convém a quem o louva simplesmente porque é bom; quem não considera mais que a sua pura bondade e só nela encontra o seu prazer e a sua alegria. Eis um modo elevado, puro e nobre de louvar : é bem próprio de um espírito alto e nobre como o da Virgem. Aqueles que amam com coração impuro e corrompido, aqueles que, de maneira semelhante à dos exploradores, procuram em Deus o seu interesse, não amam e não louvam a sua pura bondade, mas pensam em Si mesmos e só consideram quanto Deus é bom para eles mesmos. A religiosidade verdadeira, portanto, é louvor a Deus incondicionado e desinteressado".
"Maria - escreve a seguir Lutero - não se orgulha da sua dignidade nem da sua Indignidade, mas unicamente da consideração divina, que é tão superabundante de bondade e de graça que Deus olhou para uma serva assim tão insignificante e quis considerá-la com tanta magnificência e tanta honra... Ela não exaltou nem a virgindade nem a humildade, mas unicamente o olhar divino repleto de graça.(...) De fato não deve ser louvada a sua pequenez, mas o olhar de Deus" (p.561).
Ao observar aquilo que se realiza nela, nós podemos contemplar o estilo habitual de Deus. Enquanto os homens são atraídos pelas coisas grandes, Deus olha para baixo, para tirar de "um nada, daquilo que é Infimo, desprezado, mísero e morto, algo de precioso, digno de honra, feliz e vivo" (p.547).
A Mãe de Jesus, portanto, aparece em Lutero como o puro reflexo do olhar Divino. Ela não atrai a nossa atenção sobre Si, mas leva-nos a olhar para Deus."... Maria não quer ser um ídolo; não é Ela que faz, é Deus que faz todas as coisas. Deve ser invocada para que Deus, por meio da vontade dela, e faça aquilo que pedimos; assim devem ser invocados também todos os outros santos, dei-xando que a obra seja inteiramente de Deus" (pp.574-575).

Do livro "Maria Mãe dos homens" (Edições Paulinas).

27.1.09

Nossa Senhora da Vitória


No século XV a Espanha fazia esforços para expulsar os mouros de Granada, seu último bastião ibérico. Na época dos reis católicos Fernando e D. Isabel, São Francisco de Paula enviou os frades penitentes: Padre Bernardino da Cropalati e Padre Giacomo L' Espervier para acalmarem os temores dos reis quanto a invasão muçulmana. Três dias após a chegada dos dois missionários, os mouros foram derrotados. Isto ocorreu em 18 de agosto de 1487, e em gratidão ao obtido, os reis mandaram erguer uma Igreja com o nome de Nossa Senhora da Vitória, no lugar onde estivera a tenda real na época das batalhas. Assim, os religiosos desta ordem na Espanha, foram chamados de Frades da Vitória. Seguindo a mesma idéia, o então Vigário - Pe. Carlos Gomez, da Igreja São Francisco de Paula, na Barra da Tijuca, em 1991, sugeriu o nome de Nossa Senhora da Vitória a récem erguida Paróquia no Alfa-Barra, a qual foi um desmembramento de sua Igreja. Desde então, a nova Paróquia ficou sob a responsabilidade do Pe. Joel Amado.

Foi declarada padroeira da Málaga pelo Papa Pio IX em 12 de dezembro de 1867
E foi coroada cononicamente em 8 de fevereiro de 1943.

Sua festa é celebrada no dia 8 de setembro.
Outros festejam no dia 15 de agosto.

A Bahia de Todos os Santos já era conhecida desde a primeira Expedição Exploradora de 1501, enviada pelo Rei de Portugal para fazer um reconhecimento do território recém – descoberto.
Muito antes da vinda dos primeiros donatários, existia ali uma verdadeira colônia de portugueses que viviam em perfeita harmonia com os índios, sob a direção de Diogo Alvares, o Caramurú. Até uma igrejinha, a de Nossa Senhora da Graça, havia sido erguida sob o patrocínio de Catarina Alvares, a esposa do pioneiro.
Pouco depois, chegou àquelas paragens do Novo Mundo o donatário Francisco Pereira Coutinho, a quem El-Rei havia doado as terras para que as povoasse e desenvolvesse. Entretanto, apesar de no início ter ele conseguido uma paz relativa com os indígenas, os abusos e provocações dos colonos irritaram os selvagens e as lutas recomeçaram, sem que o próprio Diogo Alvares fosse capaz de evitá-las.
Em um destes combates, os portugueses foram assediados por numeroso exército de silvícolas, que tentavam expulsá-los de suas terras. Os lusitanos, desesperados, recorreram á Virgem Maria e, após uma renhida batalha, conseguiram derrotar os inimigos. Em agradecimento à proteção da Mãe de Deus, deram-lhe o título de Senhora da Vitória e construíram um templo em sua homenagem, que foi a primeira paróquia e Igreja matriz da Bahia.
Quando Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral, veio para o Brasil em 1549 e fundou a cidade de Salvador, já encontrou a capela da Vitória e a conservou em memória dos primitivos tempos da colonização. Esta Igreja, reconstruída várias vezes, conserva atualmente a fachada da reforma levada a efeito com o auxilio dado pelo Príncipe Regente Dom João, quando ali esteve em 1808, e obedece a desenho neoclássico.
A invocação de Nossa Senhora da Vitória já existia em Portugal desde o tempo de Dom João I, quando este rei, grato à Virgem Maria pela vitória alcançada em Aljubarrota contra os castelhanos, mandara construir um Mosteiro e um Santuário, talvez o mais velho em estilo gótico português, que recebeu o nome de Santa Maria da Vitória, porém é conhecido hoje em dia como “A Batalha”, que é sem dúvida uma das obras primas da arquitetura religiosa lusitana.
Em 1571, a esquadra cristã conseguiu o estrondoso triunfo contra os turcos na batalha naval de Lepanto, afastando definitivamente do continente europeu o perigo muçulmano, que o ameaçara durante vários séculos. O Papa Pio V então, em sinal de gratidão, deu à Virgem Maria o título de Nossa Senhora da Vitória. Naquela ocasião, o desconhecido Brasil, talvez devido à herança da fé portuguesa, já possuía dois Santuários dedicados a esta devoção: o de Salvador e o da capital do Espírito Santo. A vila de Nossa Senhora da Vitória foi fundada em 1551 pelo donatário Vasco Fernandes Coutinho, em reconhecimento à proteção de Maria Santíssima num combate contra os Índios Goitacases.
A capital capixaba possui hoje um importante templo em estilo neogótico, imagem datando certamente do início do século XX, com belos vitrais coloridos. A imagem da Padroeira é moderna e representa a Virgem com o menino Jesus no braço esquerdo e a palma da vitória na mão direita.
A efígie da primitiva Igreja de Salvador, contrastando com a do Espírito Santo, é muito antiga e consta que fora enviada pelo rei Dom Manuel. Estudiosos do assunto, contudo, acham mais provável que ela tenha sido presente de Dom João III, que a entregou a Tomé de Sousa para que ele a trouxesse em sua companhia e lhe dedicasse a primeira paróquia do Brasil. Ela está atualmente na sacristia da Matriz, porém a tradicional palma de prata sobredourada e ornamentada de pedras verdes e vermelhas que lhe foi oferecida após a vitória contra os índios está guardada para evitar ser a presa de ladrões, que atualmente andam à procura de tesouros das Igrejas. A santa que figura sobre o altar-mor é de estilo barroco, datado do século XVII ou XVIII.
Nossa Senhora da Vitória é a mais venerada no Nordeste brasileiro e geralmente em antigas vilas, que datam do inicio da colonização de nosso país. Assim, pois a encontramos no Piauí, na cidade de Oeiras, sua primeira capital, antigamente denominada Vila de Mocha, que nasceu em redor da capela de Nossa Senhora da Vitória em 1697. Em São Luiz do Maranhão, na luta contra os holandeses em 1662, Ela apareceu no outeiro da Cruz, transformando em pólvora a areia branca da estrada, o que permitiu a vitória dos brasileiros contra os flamengos, que fugiram espavoridos. Por isso a Catedral daquela capital é dedicada à Virgem da Vitória e sua estátua aparece no alto do frontão, entre as duas torres cujos sinos badalam há mais de trezentos anos, nas grandes festas maranhenses.
Outra lenda interessante é a da Igreja de Ilhéus, edificada por volta de 1530, quando a luta entre colonos e indígenas estava mais acirrada. Conta-se que numa das batalhas contra os Aimorés uma linda senhora branca, montada em garboso cavalo, ia à frente dos colonizadores assustando os selvagens, que foram vencidos. A fim de celebrar este acontecimento, a capela, que estava sendo construída com auxílio das mulheres, foi dedicada a Nossa Senhora da Vitória.
Até hoje, no dia 15 de agosto, a Padroeira é festejada com missas na colina sagrada do templo e procissões acompanhadas de solenidades, nas quais se destacam as belas imagens do século XVII. Uma das maiores atrações populares é a lavagem da ponte Lomanto Júnior, que liga Ilhéus ao continente, e conta com a participação do grande público local, que se reúne para homenagear à Senhora da Vitória.

Iconografia:

Nossa Senhora é representada de pé, com o Menino Jesus no braço esquerdo, segurando com a mão direita a palma, símbolo da vitória. Maria veste uma túnica coberta por um manto enfeitado de desenhos dourados. Sobre o véu usa uma coroa, que aparece também na cabeça de seu Filho.
A Senhora da Vitória da Igreja de São Francisco de Paula, no Rio de Janeiro, tem na mão direita um estandarte de cetim branco, bordado a ouro.
Existe ainda a invocação de Nossa Senhora das Vitórias de origem francesa. A Mãe de Deus se apresenta de pé, vestida de uma túnica branca e um manto azul, que lhe envolve o corpo, e segura com as duas mãos o Menino Jesus, de pé sobre o globo terrestre, colocado à direita de Maria. Ambos são coroados.

Nossa Senhoras das Vitórias


La Rochelle, importante porto francês, de fundação medieval, tornou-se, no início da Idade Moderna, um poderoso reduto do protestantismo. O Rei Luís XIII e seu ministro, o Cardeal Richelieu, empreenderam, em 1627, o cerco da cidadela, com a finalidade de acabar com a revolta dos huguenotes.
A empresa, porém, era bastante difícil, pois os revoltosos estavam apoiados pela Inglaterra, e o monarca pediu, então, à sua esposa, a Rainha Ana da Áustria, para tomar as devidas providências, de modo que, em todas as igrejas de Paris, fossem feitas orações públicas pelo triunfo de suas armas. Assim pois, todos os sábados, o Arcebispo, com o clero à frente, a corte e numerosos fiéis, rezavam o terço, para pedir a Deus a derrota dos protestantes. Os capelães do exército promoveram, também, orações entre os soldados. Assim, a certas horas da tarde ecoavam, entre a tropa arregimentada, orações em louvor à Virgem Santíssima.
Deus atendeu ao pedido do Rei e, pouco depois, a praça forte se rendeu.
Em testemunho da gratidão por essa vitória, Luís XIII lançou em Paris, a pedra fundamental de uma igreja que se chamou Nossa Senhora das Vitórias, como recordação da tomada de La Rochelle.
O convento dos eremitas de Santo Agostinho, situado próximo desse templo, recebeu, pouco depois, um humilde camponês, conhecido pelo nome de Irmão Fiacre, encarregado dos mais rudes serviços do mosteiro, porém, grande devoto de Nossa Senhora.
A Rainha da França, Ana da Áustria, casada há mais de 23 anos, havia perdido a esperança de dar um herdeiro ao trono francês. O humilde Irmão Fiacre, com pena da rainha, e das conseqüências que essa situação poderia trazer à monarquia, encarregou-se de suplicar a intercessão de Nossa Senhora e do seu Divino Filho. Certa noite, Maria Santíssima apareceu para o Frade, prometendo-lhe atender às suas preces, com a condição de que as novenas fossem rezadas nos santuários por Ela designados. Após dez meses de orações, nascia a 5 de setembro de 1638, um menino, que seria mais tarde o Rei Luís XIV, o grande soberano, que emprestaria seu nome ao século XVII, conhecido como "Rei Sol", um dos mais importantes monarcas da França.
Em agradecimento, publicou-se um Edito oficial consagrando a França e a família real à Virgem Santíssima. Foi o famoso Voto de Luís XIII, celebrado ainda hoje, nas paróquias francesas.
A igreja de Nossa Senhora das Vitórias, construída em estilo clássico, está coberta de ex-votos e sua iluminação é feita por lâmpadas votivas de milhares de velas, que atestam a veneração popular à Mãe Imaculada. Em sua fachada, foi gravada, em letras de outro, uma legenda de gratidão, por "tantas vitórias que lhe vieram do Céu, especialmente d'Aquela que arrasou a heresia".
No século XIX, por ocasião das aparições de Nossa Senhora a Catarina de Labourè, o cura da Igreja de Nossa Senhora das Vitórias fundou uma associação de orações, que reúne adeptos de todo o mundo, mostrando a intensa irradiação deste santuário. As principais festas são no Domingo da Septuagésima e o 4º Domingo de Outubro.

Maria na Terra Santa







– Nazaré da Galiléia: local onde Maria recebeu a visita do Anjo da Anunciação e onde viveu, durante 30 anos, seu Filho Jesus, no seio da Sagrada Família,
Aïn Karim da Judéia: lugar onde aconteceu a Visitação a Elisabeth, grávida de são João Batista,
– Belém da Judéia: local onde se deu a Natividade de Jesus, Rei da Criação, numa gruta-estábulo,
Caná da Galiléia (ou Kefr Kenna): nesta localidade teve início a vida pública de Jesus, nosso Salvador, numa festa de casamento, com o milagre da água transformada em vinho... Maria havia dito aos serventes das núpcias: "Fazei tudo o que Ele vos disser..."
– Jerusalém da Judéia: aqui, na colina do Gólgota, a Virgem presenciou a Crucificação de Jesus e a colocação de seu corpo no Túmulo, no campo do Oleiro, antes de vê-lo Ressuscitado, no Cenáculo; no Monte das Oliveiras se deu a Ascensão do Cristo Ressuscitado ao Pai, sob o olhar de sua Mãe; já, no Monte Sion, adveio o mistério da Dormição e da Assunção de Maria ao Céu...
...Os primeiros santuários referindo-se ao mistério Mariano são: aqueles onde a Virgem Maria viveu, historicamente, os momentos mais decisivos do mistério da Salvação, por seu Filho, Verbo de Deus, Encarnado não só na carne, mas, sobretudo, na história dos homens. Das margens do Mar Morto e do Rio Jordão, até o lago Tiberíades e o Monte Hermon, muitos outros lugares desta Terra Santa, pisados pelo Salvador do mundo e por Maria e pontuados por santuários bimilenares, são, em nossos dias, locais de peregrinação universalmente freqüentados.
Todas as grandes ordens religiosas cristãs têm representações na Terra Santa. Particularmente as ordens marianas como a das Irmãs de Nazaré. Podemos citar também a Ordem dos Cavaleiros do Santo Sepulcro de Jerusalém, que data do período da Primeira Cruzada.
Nos dias de hoje, a cidade de Nazaré se encontra no centro de um projeto Mariano universal.
Este projeto reúne, pela primeira vez, todas as Igrejas tradicionais da Terra Santa: trata-se da concepção de um Centro internacional multimídia, chamado a "Casa de Maria", justamente em Nazaré, próximo à Basílica da Anunciação, e cujo objetivo é o de tornar mais conhecida e amada a Virgem, por meio de todas as culturas do mundo. Este Centro "Marie de Nazareth" está em andamento, assim como o site internético que lhe é associado, e cuja aspiração é a de oferecer a possibilidade de consultas, num primeiro momento ou mais tarde, em pelo menos doze idiomas, a fim de que seja cada vez mais irradiada a beleza do mistério de Maria e da Salvação do mundo

em Jesus Cristo.





3.1.09

Nossa Senhora do Bom Parto


Virgem negra de Paris)"...

E não havia lugar para eles na estalagem." Luc. 2,7
Os títulos de Nossa Senhora, "do Bom Parto" e do "Bom Sucesso" nasceram aos pés da imagem da Virgem Negra de Paris, venerada na antiga igreja Saint-Etienne-des-Grès, capital francesa. Invocar a proteção da Mãe durante a gestação e parto é o que toda família cristã sempre fez ao longo dos séculos.O culto à Virgem do Bom Parto é uma das mais tradicionais devoções da França, Espanha e Portugal, que se espalhou por muitas outras nações. No mundo cristão, esse culto aparece com títulos semelhantes, como Nossa Senhora do Divino Parto, entre outros, porém as imagens representam a Virgem com a pele clara.Nos registros das primeiras igrejas cristãs, encontramos muitas indicações sobre estátuas e pinturas da Virgem Maria com a pele morena. Na Antiguidade, a cor preta em símbolos religiosos, era sinal de fertilidade. Um sinal que a primitiva arte cristã manteve, para invocar a fertilidade física e espiritual de Maria, Mãe de Deus e nossa.A imagem de Maria da igreja de Paris foi esculpida em pedra negra e data do século XI. Considerada milagrosa, é diante dela que acorrem constantes peregrinações de devotos. Nossa Senhora do Bom Parto é especialmente invocada nas ocasiões de tragédias pessoais e públicas. Aos seus pés, o Padre Cláudio Poullart dês Places, junto com doze companheiros pobres, fundou a Congregação do Espírito Santo e do Imaculado Coração de Maria, em 1703. A Congregação dos padres espiritanos cresceu rapidamente e, orar diante da Virgem Negra de Paris, era sinal da primeira consagração.Outras personalidades importantes foram rezar aos pés de Nossa Senhora do Bom Parto, em Paris. Dentre os quais: Domingos de Gusmão; Tomás de Aquino; Francisco de Sales, hoje Doutor da Igreja; Sofia Barrat; Vicente de Paulo, que colocou sob a proteção da Virgem Negra de Paris a sua grande Obra de caridade e os seus Institutos; e mais recentemente João Bosco.Durante a Revolução Francesa, a igreja de Saint-Etienne-des-Grès foi saqueada e destruída. Mas a escultura da Virgem Negra foi vendida à uma piedosa cristã, que a escondeu muito bem. Mais tarde, ela doou a sagrada imagem às Irmãs Enfermeiras da Congregação de São Tomas de Vilanova, que construíram uma capela nova para a veneração de Nossa Senhora do Bom Parto, em Neuilly, seu atual Santuário. Desse modo, asseguraram o culto e as constantes peregrinações dos fiéis e devotos.Foram os missionários espiritanos que divulgaram o culto à Senhora do Bom Parto no mundo. No Brasil eles aportaram em dezembro de 1885, e encontram essa devoção já estabelecida no país. Os registros indicam que os cristãos brasileiros começaram a invocar Senhora do Bom Parto, diante da imagem da Virgem do Ó, na igreja erguida no Rio de Janeiro em 1650. Isso porque, anexada à ela, os padres fundaram o Recanto do Bom Parto, para acolher as mulheres grávidas rejeitadas pela sociedade. Atualmente Nossa Senhora do Bom Parto é nome de muitas localidades brasileiras e são inúmeras as paróquias dedicadas à ela, cuja imagem é similar à da Virgem Negra de Paris, já na cor clara.

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